Venho a este diário do devaneio etílico como a parte equilibrada. Como o indivíduo desconcertado e envergonhado com as atitudes alheias. O responsável pelo transporte seguro das mentes afetadas pelo néctar mágico do choppinho e dos destilados.
Creio que das histórias alcoólicas, minha parte seja apenas uma mera presença, ou apenas a leve ausência de bom senso na hora de medir as palavras e a reação que podem causar aos indivíduos nos arredores da mesa (cujo tema é digno de ser discorrido em monografia ou tese de doutorado) ou do outro lado da rua, durante as caminhadas em busca de satisfação para a ânsia por agito.
Mas se você, caro amigo e leitor acha que as noites - ou mesmo dias inteiros, dependendo da época do ano - são menos divertidas devido à ausência do fluxo etílico no sangue, estás terrivelmente equivocado. Creio que eu seja uma exceção à regra, mas minha diversão está na observação e nota mental das pérolas que surgem a cada jornada em busca de diversão.
Carregar o amigo seguidos lances de escada acima, enquanto ele se joga para trás, deixando sua calça cair múltiplas vezes no percurso, ter alguém chorando em seu ombro por alianças perdidas e a possibilidade de um relacionamento acabado, até mesmo observar o amigo cochilar em posição fetal num sofá de uma festa em outra cidade, ou assistir à missa rezada por um companheiro ébrio na saída da boate. A diversão acompanha em vários momentos épicos de cada bebedeira, mesmo que não haja álcool circulando nas veias.
Por tais motivos que digo: Não se acanhe por não beber, camarada. Deixe o bom senso um pouquinho de lado, aponte o dedo indicador para o bêbado do grupo e ria, pois assim você pode dizer que a noite valeu à pena.
Um comentário:
Sábias e moderadas palavras, meu xará!
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